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“A escola dá-nos a carta de condução”



Abdelihad Rbaibi,
Anastasia Casatchina,
Ricardo Santos,
Vicente Ribau, 10.º G

Carlos Fiolhais veio à Biblioteca da Mário Sacramento

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O físico Carlos Fiolhais, apreciador de arte e de literatura, explicou aos alunos e professores do nosso agrupamento a associação entre a ciência e as artes, partindo da celebração dos 500 anos do nascimento de Luís Vaz de Camões. Para o famoso cientista, este é o maior nome da literatura portuguesa, que, n’Os Lusíadas, apresenta o fundamento da ciência moderna, ao mostrar que a experiência é mais importante que o saber livresco. Os marinheiros que partiram à descoberta da Índia sabiam mais devido às suas vivências do que os “doutores” que apenas liam. Aqui relembrou o verso camoniano “vi claramente visto” (Canto V da epopeia renascentista), que reforça o espírito de observação, a base da ciência a partir de Galileu.

O professor e antigo Diretor da Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra disse que a escola nos dá a carta de condução para a vida, para depois cada um descobrir o seu caminho. É graças ao estudo que conseguimos oportunidades para aprender a disfrutar da arte e da ciência. Passando por várias obras e autores ao longo dos séculos, Carlos Fiolhais mostrou-nos a beleza da matemática e da física, associando-as à arte, citando a antologia de Poesia e Ciência na Literatura Portuguesa de Maria Bochicchio e Vasco Graça Moura (2021) O binómio de Newton e a Vénus de Milo, título este inspirado num verso de Álvaro de Campos-Fernando Pessoa. Na obra de Fernão Lopes Castanheda, História do Descobrimento e conquista da Índia pelos portugueses, publicada em 1551, a palavra “Descobrimento” surge pela primeira vez num título. Este vocábulo foi criado por portugueses em 1484 a partir da palavra latina “discooperio” e do sufixo -mento. Pegando na ideia de que a ciência é uma descoberta de algo que está para ser encontrado, Carlos Fiolhais diz que a curiosidade nasce connosco e que a escola nos aguça a vontade de descobrir, de encontrar o que está coberto, literalmente falando.

A propósito da comemoração dos 50 anos do 25 de Abril, na véspera do feriado, o célebre físico disse que a Ciência contribui para a liberdade alimentando-se dela, apesar de ter lembrado o caso de Galileu que foi perseguido devido aos seus pensamentos em 1633. Afinal, a ciência moderna nasceu de um caso de repressão científica. É famosa a expressão de Galileu “E pur si muove”. A ciência nasce do poder do olhar e da curiosidade. Como diria Garcia de Orta nos Colóquios dos Simples, “O que não sabemos hoje amanhã saberemos.”

Carlos Fiolhais tem mais de 60 obras e 140 artigos publicados, para públicos tão diversos como crianças, jovens, adultos e cientistas. Alguns dos seus livros são facilmente compreendidos pelos leigos na matéria, o que atrai a atenção de diferentes leitores. Desengane-se quem pensa que as obras de Carlos Fiolhais são de leitura demorada, pois são tão interessantes que o tempo passa a voar. Leem-se num piscar de olhos.

PmatE

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Várias equipas participaram nas Competições Nacionais de Ciências, nas Provas do 3.º ciclo e do secundário.

Parabéns a todos os que se entusiasmaram com os treinos, aos que não desistiram e aos que ganharam

  • 2.º lugar no EquaMat (fotografia (3) 

  • 2.º lugar no Port@prova (fotografia 4)

  • 3.º lugar no FisQ

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Voluntariado em Cabo Verde
André Estima Duarte, 12.º E

Na primeira quinzena de abril de 2024, muito devido aos pais que tenho, tive a imperdível chance de participar num programa de voluntariado, em Cabo Verde, mais especificamente na localidade de Tarrafal, onde vivi experiências memoráveis e inolvidáveis.

Para um breve contexto, Tarrafal é amplamente conhecido pelo seu terrível campo de concentração, que pertencia a Portugal, no período do Estado Novo. Para lá eram enviados os maiores traidores da pátria, na maioria de casos pertencentes ao espectro político da esquerda revolucionária.

Após a chegada dos portugueses à ilha de Santiago e a subsequente povoação, surgirá a comunidade de Tarrafal. Foi num dia brilhante que cheguei a esta linda cidade, na qual iria passar os dias seguintes, e apercebi-me logo das disparidades sociais nela presentes. Para mim, o choque foi imediato. É possível observar casas completamente renovadas e, mesmo ao lado, habitações num estado de degradação desumana. Desde cedo, o sentimento de revolta surgiu dentro de mim, pois, para mim, os direitos naturais são inalienáveis ao ser humano. Esta forte emoção fora-se desenvolvendo quando, por parte de um local, tive conhecimento que a ilha de Santiago outrora era verde e tinha belíssimas paisagens, mas, com a descoberta deste arquipélago, a árvore “Acácia” destruiu toda a natureza presente. Não é difícil concluir quem as plantou.

Contudo, apesar das dificuldades sentidas diariamente na pele, os cabo-verdianos encantaram-me com a sua serenidade e tranquilidade. Transcrevo do meu diário: “Parece que estou a viver no estoicismo”. O mote deste simpático e acolhedor povo é “No Stress”, a meu ver, não existem melhores palavras para descrever este modo de vida. A felicidade e o à vontade que senti é, de certo, algo que nunca vou esquecer.

Concluindo, catalogo a minha viagem como muito positiva, realizei uma das minhas maiores vontades, ajudar os outros. A par disto apercebi-me da sorte que temos e a verdade é que, diversas vezes, vivemos apegados a causas e sentimentos que nada de bom acrescentam à nossa vida. Não funcionaria melhor o mundo se todos adotássemos e abraçássemos este estilo de vida de “No stress”? Talvez sim, talvez não, cabe ao leitor deste texto chegar à sua própria ilação.

Viagem a Istambul

Lara Soares, 11.º F

Se tivesse de descrever de uma maneira concisa a cidade de Istambul, diria que é a coexistência de tudo o que é oposto, mas em que de alguma maneira transparece harmonia e beleza.

A cidade de Istambul é a maior cidade da Turquia e uma das mais populosas da Europa. Está geograficamente dividida entre os continentes europeu e asiático pelo Estreito de Bósforo. A percentagem de Istambul que pertence ao continente asiático é de apenas 15%, enquanto os restantes 75% são europeus. Quando referi que Istambul é a coexistência de opostos, digo-o mesmo em termos geográficos.

A língua é a mesma e o regime político também, mas o ambiente é completamente distinto. Presenciei no lado asiático da cidade uma maior desorganização, caos urbano e pobreza. Quem diria que apenas 30 quilómetros de água salgada poderiam dividir uma cidade em universos tão diferentes! No entanto, passei a maior parte do tempo a explorar o lado europeu de Istambul, que foi onde fiquei hospedada. Nesta parte da cidade, surpreendentemente, testemunhei também a tal coexistência de tudo o que é oposto, mas, desta vez, em termos culturais e da própria cidade.

A população de Istambul separa-se em três grupos diferentes. Os turistas, que são facilmente distinguidos do resto da população, os praticantes da religião islâmica (só se conseguiam identificar as mulheres por causa do uso do hijab) e os que não se integravam na mesma (ou escolhiam não deixar transparecer isso mesmo). A religião da grande maioria da população é a muçulmana, mas também há um grande número de laicos e uma pequena minoria de cristãos e judeus. Algumas mulheres muçulmanas escolhem usar o hijab como parte da expressão da sua fé e identidade religiosa, enquanto outras podem não o usar. Há diferentes estilos e formas de hijab, incluindo o véu que cobre apenas o cabelo, o lenço que cobre também o pescoço e a burca que envolve o corpo por completo. Esta variedade no uso do hijab via-se espalhada por toda a cidade. Para além disso, para entrar nas mesquitas era obrigatório todas as mulheres cobrirem o cabelo com um lenço e, caso não o tivessem (o que era o meu caso, pois não fui preparada para tal situação), era fornecido um à entrada.

A parte de Istambul europeia, que é onde se localiza o centro histórico, é absolutamente maravilhosa. Apesar de ter características de uma típica cidade europeia, as mesquitas transmitem uma grandiosidade e perfeição que os meus olhos nunca viram antes. Custou-me acreditar que tais construções pudessem ter sido executadas por seres humanos tão pequenos e mundanos como qualquer um de nós. As abóbadas, as cores, as colunas, as curvas, os desenhos nos tetos e paredes, tudo para mim era uma forma de arte. A beleza e a peculiaridade da cidade via-se também nos bazares, em algumas ruas, nos parques, nas praças, nas fontes e nas inúmeras feiras de rua. Daí também vem a tal coexistência dos opostos, pois a cidade em si apresenta grandeza em muitas coisas, mas também é evidente uma certa banalidade e simplicidade no que é uma cidade europeia, habitada por pessoas igualmente banais e simples.

No entanto, o choque cultural que senti foi grande. Para além, obviamente, do número de mulheres a usarem lenço ou burca na rua ter-se multiplicado relativamente ao que estou habituada a ver, passou também por ver crianças muito novas a pedir dinheiro na rua, por acordar diariamente às 5 da manhã com orações cantadas em turco que megafones espalhados pela cidade berravam para quem quisesse (ou não) ouvir, por uma variedade enorme de especiarias com cores e cheiros intensos, pela comida, pela experiência de comer sentada numa mesa ao nível do chão, pela quantidade de gatos que vi espalhados por todos os recantos da cidade e a completa adoração que os locais têm por eles (o que acaba por contagiar os turistas), pela preservação de tudo o que é histórico, incluindo ossos de antigos imperadores. Tudo isto me tocou e marcou de uma forma inimaginável!

Esta viagem a Istambul foi para mim uma pura aventura cultural. Tive a oportunidade de expandir conhecimentos, paladares, visões culturais e éticas que eu já tinha tomado como definidas.

março 2024 edição n.º 3 - on-line

Efeitos do 25 de Abril e das leituras

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Neste ano de 2024, decidimos aprender um pouco mais sobre o 25 de Abril. Queríamos compreender como é que a vida dos portugueses tinha sido afetada pela Revolução dos Cravos. Escolhemos ler em voz alta o livro Vinte cinco a sete vozes de Alice Vieira (já agora, o livro é de 1999, publicado pela Editorial Caminho, cuja sede é em Lisboa). 

Com este livro, ficámos a saber que a liberdade tinha um preço alto:  

  1. todos os jovens tinham de ir para a guerra colonial, uma vez acabados os estudos; 

  2. a única possibilidade de escapar à mobilização era ter alguma deficiência física ou problema de desenvolvimento; 

  3. todos os rapazes válidos, para escaparem à guerra, tinham de se exilar (fugindo); 

  4. os namorados não podiam trocar afetos em público (sim, um simples andar de mãos dadas poderia levar à intervenção da polícia); 

  5. os informadores da PIDE estavam em todo o lado, pelo que não se podia falar livremente dos problemas da vida; 

  6. as escolas não eram mistas; 

  7. a PIDE entrava na casa das pessoas e prendia-as sem sequer serem presentes a um juiz; para além disso, sujeitava os prisioneiros a tortura e a condições indignas. 

No dia 25 de Abril, a ocupação das ruas de Lisboa foi recebida pela população com muita alegria, pelo que muitos populares se juntaram aos militares revolucionários. A vendedora de flores plantou cravos nas metralhadoras. E Portugal ganhou em paz, em liberdade, em direitos de todos. 

Todas estas informações, recolhidas no livro referido, nos fizeram pensar na importância que tem a celebração da data. Perguntámo-nos e ficámos a saber que, de onze alunos, apenas um, numa ocasião, participou em celebrações do 25 de Abril. É como se todos achássemos que nada há para festejar. 

A nossa professora até faz parte da comissão que organiza as celebrações do 25 de Abril em Aveiro. Seguramente, porque ela sabe que a liberdade que foi conquistada não está garantida e é preciso assegurá-la todos os dias. 

Por esta experiência de leitura, ficámos cientes de que é necessário estudar um pouco os vários fenómenos para podermos construir uma opinião fundamentada sobre o nosso passado, as várias linhas do nosso presente e para podermos sonhar um futuro possível. 

texto do 10.º I 

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"MADE IN AVEIRO: - histórias com (RE) PERCUSSÃO

No passado dia 10 de março, o palco do Teatro Aveirense encheu-se de animação para apresentar: MADE IN AVEIRO: - histórias com (RE) PERCUSSÃO . Esta composição criativa a partir da seleção e adaptação de textos originais e episódios reais, tradições e recriações, lendas, quadras e canções sobre personagens locais e místicas ao ritmo dos percussionistas, dos convidados e dos artistas, teve a participação empenhada de um vasto elenco de atores amadores. Neste grupo, salientam-se os elementos deste Agrupamento, as alunas Inês Ribeiro, Maria de Sousa e Castro, Rita, a docente Carla Cabral, a auxiliar de ação educativa Sandra Sousa e a encarregada de Educação Olga Karvai que quiseram participar em parceria com a e Escola Artística do Conservatório de Música Calouste Gulbenkian em mais uma atividade de Aveiro 2024- Capital Portuguesa da Cultura.

Port@Prova

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Miriam Elisabeth e Carolina Freitas, 11.º C

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A 23 de fevereiro, realizou-se a competição nacional de ciência “PORT@PROVA”, no âmbito da disciplina de Português. A competição é destinada a alunos do ensino secundário e consiste na organização de equipas de dois elementos e realização de uma prova composta por conteúdos de português, constituída por 10 níveis e duração máxima de 30 minutos.

A Escola Secundária Dr. Mário Sacramento apresentou um excelente desempenho nas provas do 10.º e 11.º anos de escolaridade, obtendo o primeiro, segundo e terceiro lugar nas provas de 10.ºano, pelas equipas dos alunos Maria Cruz e Gustavo Nunes, Maria Galdino e Carolina Monteiro, Simão e João Madeira, respetivamente. E nas provas de 11.ºano verificou o primeiro, terceiro e quinto lugar pelas equipas dos alunos Joana Mendes e Gabriela Bernardes, Rafaela Tavares e Alejandra Vargas, Miriam Elisabeth e Carolina Freitas, respetivamente.

Deste modo, a Escola Secundária Dr. Mário Sacramento alcançou o primeiro lugar nacional num total de 10 escolas de diferentes distritos do país, e com uma pontuação de 225.190 pontos e diferença de 175.714 pontos em comparação com o segundo lugar da Escola Secundária Emídio Navarro de Almada.

Alguns dos alunos partilharam a sua experiência acerca do projeto, salientando a importância em participar e desafiar os seus conhecimentos, revelando interesse em aderir no próximo ano.

Em função dos resultados obtidos, os alunos da Escola Secundária Dr. Mário Sacramento estão de parabéns pela excelente participação, assim como os professores que desempenharam um papel preponderante na divulgação do projeto, incentivando os seus alunos a participar.

Olimpíadas da Língua Portuguesa

No dia 22 de fevereiro, realizou-se, na nossa escola, a 1.ª fase das Olimpíadas da Língua Portuguesa, que contou com a participação de mais de uma centena de alunos do 3.º Ciclo e do Ensino Secundário. A dinamização do concurso esteve a cargo dos professores Artur Barosa, Maria da Paz Oliveira e Albano Rojão. Passaram à 2.ª fase as alunas Leonor Neto, do 8.º C, e Gabriella Raposo, do 12.ºG.

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Parabéns a todos os participantes e boa sorte às duas vencedoras para a próxima fase!

Concurso Intermunicipal de Leitura

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A 17 de fevereiro, realizou-se o Concurso Intermunicipal de Leitura - Fase Municipal, no Centro de Congressos de Aveiro.

A aluna Rita Silva do 5.º E  foi selecionada para representar a escola. A obra em questão foi A Lua de Joana de Maria Teresa Maia Gonzalez, cuja temática, tão atual, alerta pais e adolescentes para as consequências tão nefastas e até fatais a que o consumo das drogas pode conduzir. 

A aluna em questão não passou à fase seguinte, mas aqui estão algumas fotografias que assinalam este evento.

A Sra. Professora Coordenadora de Aradas acompanhou também a aluna neste ilustre acontecimento. 

 

 

Nesta fase, participaram também as alunas Francisca Montoya, do 8.ºE, e Kira Ventura, do 8.ºD, sendo que a primeira venceu o primeiro prémio do 3.ºCiclo.

A fase final deste evento realizar-se-á, no dia 18 de maio, no Cineteatro de Anadia. 

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Parabéns às "leitoras" e boa sorte para a Francisca na fase seguinte.

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trabalho voluntário com a organização Calioásis

Andreia e Matilde (10.º J)

No dia 14 de fevereiro foi realizada uma atividade no Hospital Pediátrico de Coimbra em Coimbra. 

As crianças usufruíram de sessões de cinema (num cinema insuflável). Nós, enquanto alunas do 10.ºJ fomos produzir e entregar pipocas para acompanhar a sessão de cinema.

Além disso, para lembrar a importância da amizade e alegar um pouco ao Dia dos namorados (que se vivia) fomos fazer e oferecer origamis com às crianças. Com esta atividade ficamos a conhecer uma realidade que nos era desconhecida e aprender a aceitar melhor as doenças, uma vez que todas as crianças estavam a sofrer, mas mesmo assim quase sempre tinham com um sorriso no rosto. Apercebemo-nos também que maioria delas não tem a mesma liberdade que nós, devido à sua doença. 

Aprendemos também que a comunicação e a organização, neste tipo de atividades, é fundamental.

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coração realizado pelo 10.º I
em Área de Integração

Dia dos Namorados 
 

Dia 14 de fevereiro, celebra-se o Dia dos Namorados ou dia de São Valentim. 

Mas sabes a verdadeira origem por detrás desta celebração? 

Mesmo ainda havendo muito mistério à volta da sua origem, existem duas histórias mais populares e pelo menos dois santos que lhe podem ter emprestado o nome. 

Uma das teorias diz-nos que “O Dia dos Namorados” pode ter tido origem numa festa pagã de Lupercalia, realizada em meados de fevereiro, em que se celebrava a fertilidade na Roma antiga. Neste festa, homens e mulheres faziam sacrifícios e realizavam atividades que acreditavam que promovia a fertilidade.  

A Lupercalia era muito popular, mas com a ascensão do Papa Gelásio I ao poder, no século V, esta cessou. 

Pouco tempo depois, a Igreja Católica declarou o dia 14 de fevereiro como o dia para celebrar o mártir São Valentim. 

 

Mas quem foi São Valentim? 

De entre todos os Valentim que se estimavam haver na altura, dois deles destacaram-se. Ambos partilhavam muitas semelhanças, como terem sido mártires, condenados à morte pelo imperador romano Claúdio no século III e terem morrido do dia 14 de fevereiro (embora com anos de diferença). Levando, assim, alguns investigadores a acreditar que eram o mesmo homem. 

O primeiro Valentim era um sacerdote. Por se ter recusado a renunciar à sua fé, foi condenado a prisão domiciliar. O dono da casa onde este estava preso, desafiou-o a mostrar o poder de Deus e, para isso, Valentim curou uma jovem cega. Assim que o imperador soube das notícias do milagre, mandou executar o sacerdote. 

O segundo sacerdote, o bispo Valentim de Terni, também era um santo milagreiro. 

Era famoso pela capacidade de curar deficiências físicas. 

Um dia, um senhor mandou-o chamar para curar o seu filho. Depois de orar, o bispo curou o menino, fazendo a família e os que os rodeavam, converterem-se ao cristianismo. 

Como se recusou a converter-se ao paganismo e por causa dos seus milagres, Valentim foi decapitado. 

Sendo assim, o dia 14 de fevereiro, foi ou pode ser celebrado em memória destes bispos ou para celebrar a fertilidade. 

Mas sejamos sinceros, atualmente este dia é para celebrar o amor!  

Serve para mostrarmos àqueles que mais amamos, o porquê de os amarmos. É claro que não precisamos de fazer sacrifícios (ainda bem!) mas temos outras formas de o fazer. 

Podemos escrever uma mensagem carinhosa ao nosso “mais que tudo”, entregar flores ou outra prenda especial. 

O que realmente importa é não pouparmos nas palavras ou mimos e lembrarmo-nos que, mesmo que se celebre o “Dia dos Namorados” no dia 14 de fevereiro, podemos sempre ter gestos de carinho durante o resto do ano.  

Porque o “Dia Dos Namorados” pode ser durante o ano todo, não é verdade?! 

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Fonte: National Geographic Portugal 

Dia Internacional dos Vítimas do Holocausto 

Rúben Correia, 7.º A

  • Por que é que o 25 de janeiro é uma data histórica? 

  • O que aconteceu no Holocausto? 

 

O quê? Dia Internacional dos Vítimas do Holocausto 

Quando? Dia 25 de Janeiro de 1945 

Como na escola assinalamos esse dia? Todos os anos, a professora bibliotecária e outras professoras fazem uma exposição na biblioteca sobre o Holocausto. É uma atividade que proporciona o conhecimento aos alunos e pode despertar-lhes o interesse pela História. 

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Mas, afinal, o que é o Holocausto? É um genocídio programado, sobretudo de judeus, levado a cabo nos campos de concentração nazis durante a 2.ª Guerra Mundial (1939-1945). 

exposição na biblioteca apresenta uma vasta coleção de livros juvenis sobre o Holocausto e há um computador em que se conseguem ver excertos do filme de Anne Frank. Também há várias fotografias das vítimas e da sua roupa. Ao lado, existe um écrã com informação sobre o Holocausto.  

Estas exposições são muito importantes, porque têm muita informação sobre o que aconteceu no Holocausto e sobre como era viver nesse tempo. Desperta a curiosidade dos alunos e homenageia as vítimas do Holocausto.  

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edição de novembro de 2023

Lara Gomes, campeã mundial!!!!! 


Pedro Vicente, 9.º F

A aluna Lara Gomes da turma 9.º F sagrou-se campeã mundial de kickboxing, no escalão juvenil de 12 – 14 anos.  

 A conquista foi conseguida na cidade alemã Munique, que acolheu, entre 18 e 22 de outubro, o Campeonato Mundial de kickboxing ISKA 2023. Foi a primeira participação da aluna em campeonatos internacionais ao serviço da seleção nacional. 

Muitos parabéns à Lara. 

Gostas de música? 

Rúben Correia, 7.º A
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Na UA (Universidade de Aveiro) existem todos os anos festivais de outono contando com imensos concertos e este ano não é diferente! Desde 27 de outubro até 30 de novembro irá haver diversos concertos e no concerto de encerramento é nada mais nada menos do que a Orquestra da Beiras e a Orquestra Sinfónica do DECA. 

Com estes concertos, as pessoas irão ter muito mais interesse e conhecimento sobre música. Não só ficaram encantadas como também não vão criar memórias inesquecíveis. 

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No dia 15 de outubro, houve um concerto no teatro aveirense com a Ria Jazz (Orquestra Ligeira da Escola de música da Banda da Quinta do Picado). Este ano convidaram a Cláudia Pascoal e foi convidado o nosso agrupamento representado por alunos, professores e encarregados de educação. Houve muita gente que tenho a certeza que se maravilhou com a beleza e o talento destes músicos. 

Plano Nacional das Artes

01

Música na Escola

Durante o almoço do dia 13 de novembro na cantina decorreu uma pequena demonstração musical. 

No dia 13 de novembro, por volta das 13:45 na cantina da escola Dr. Mário Sacramento, decorreu uma demonstração musical, em que os violinistas, violetistas  e violoncelistas tocaram o quarto movimento da sinfonia n.º 9 de Beethoven mais conhecido como hino da alegria.   

Os presentes tiverem uma reação de surpresa e de espanto para com os músicos. Após a demonstração acabar, os músicos foram recebidos com um grande aplauso e felicitações do público. 

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02

Palestra Filosófica na Escola: Reflexões com o Professor António de Castro Caeiro

António Castro Caeiro, autor do aclamado podcast de filosofia, transmitido a partir do CCB, do qual resultou a versão em livro "O que é a filosofia?", recém publicado, foi o convidado que fará a abertura do 1.º ciclo de "Debates em torno de..."

A sessão ocorreu no dia 10 de novembro, pelas 15:30, na Biblioteca Escolar, com a presença de vários alunos de Filosofia e de muitos curiosos que gostaram de ouvir este Professor falar de maneira simples sobre  a Filosofia. 

 

Aqui fica o comentário do aluno Tomás Batista (11.º E) que assistiu à sessão.

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No dia 10 de novembro, a escola recebeu com entusiasmo o Professor António de Castro Caeiro, uma figura destacada na Universidade Nova de Lisboa e renomado pela sua paixão e conhecimento em filosofia. A presença do professor trouxe uma atmosfera única de aprendizagem e reflexão para alunos e professores.

A palestra, centrada no livro "O que é a Filosofia?", da autoria do próprio Professor Caeiro, ocorreu na biblioteca da escola, reunindo uma participação significativa de estudantes e educadores. O evento teve início às 15:30 e estendeu-se até, aproximadamente, às 17:50.

Durante a palestra, a audiência demonstrou um notável entusiasmo, envolvendo-se ativamente nas discussões “provocadoras” propostas pelo palestrante. A habilidade do Professor António em conectar conceitos filosóficos complexos com situações quotidianas contribuiu para o sucesso do evento.

Ao longo da palestra, questões profundas foram colocadas, desafiando a audiência a refletir sobre temas cruciais. Perguntas como "Já pensou se a busca pelo conhecimento vale a pena?" e "A religião ocupava um lugar muito importante na antiguidade, mas, hoje, qual é o papel da religião?" proporcionaram uma reflexão estimulante e enriquecedora.

No final desta conversa partilhada, todos aprendemos a necessidade de saber interrogar o mundo à nossa volta.

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Linda igreja barroca de Aveiro

Texto de Júlia Fernandes, 11.º G

Fotos de Rebecca Serra, 11.º G

Os alunos do 11.º G, acompanhados da professora Natália Gamboa, visitaram, quinta-feira (09/11), o Museu de Santa Joana, localizado no centro de Aveiro. A visita tinha como objetivo levá-los a uma experiência imersiva no Barroco (final do século XVI até meados do século XVIII), devido ao objeto de estudo dessa turma: o Sermão de Santo António, do Padre António Vieira.

Dessa maneira, as queridas museólogas Maria da Luz e Albertina (antiga professora de História das Artes) guiaram os alunos através da linda igreja barroca construída em 1625, marcada por muitos ornamentos, forte presença de ouro e revestimento de madeira esculpida, mergulhando-os na contextualização dessa escola literária.

A Igreja de Jesus não só trazia a sensação de infinitude e grandeza, como também a exaltação de Deus e de Cristo como principais figuras. Essas impressões resultam do uso intensivo de imagens narrativas pintadas no teto (15 ao todo), do uso de colunas e arcos espirais dourados e da forma como a iluminação é feita causando uma aura misteriosa.

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O simbolismo é outra característica marcante na igreja. O ouro talhado traz vários elementos que remetem para o carácter heterocósmico da arte e da religião cristã. A uva, com a qual se faz vinho, representa o sangue de Cristo, a ovelha representa o sacrifício, a fénix transmite a ideia da ressurreição e da eternidade e os santos alados recordam a promessa da salvação, entre muitos outros.

As texturas feitas em seis camadas também são um jogo que se fazia para captar a atenção dos fiéis, principal objetivo do Barroco, considerado como resposta histórica e artística contra a Reforma Protestante de Martinho Lutero, João Calvino e do rei inglês Henrique VIII. A primeira das texturas numa espécie de laranja era feita com a pele de animais, geralmente cordeiros, a segunda com gesso, depois argila, indo para tonalidades castanhas, o ouro com folhas muito cuidadosamente trabalhadas e por último a tinta grafitada.

Cristo, nesta igreja, ainda conta com o brasão da família real acima da sua cabeça, reforçando a ideia de uma Monarquia Católica, na qual o rei é considerado o escolhido por Deus, o clero uma das mais importantes camadas sociais e a Igreja a maior das instituições. Uma curiosidade desconhecida até então dos alunos, contada por Maria da Luz e Albertina, foi o facto de o Consílio de Trento, formado apenas por bispos, reunido pela 25.ª vez, ter debatido acerca da arte, criando políticas de censura para que as criações passassem a seguir os dogmas e valores do catolicismo.

Para concluir, alguns dos alunos ainda tiveram a oportunidade de subir ao púlpito e puderam sentir-se como verdadeiros pregadores ao ler o sermão em estudo, lembrando que algumas das suas temáticas, como a exploração dos desfavorecidos e a corrupção, infelizmente, continuam a ser realidade.

O Barroco no Museu de Aveiro

Ana Catarina Pontes, 11.º B

Em outubro, as turmas de 11.º  do Agrupamento Dr. Mário Sacramento deslocaram-se ao Museu de Aveiro, para conhecerem mais sobre o período artístico do século XVII, o barroco. 

Esta visita ocorreu no âmbito do estudo do Sermão de Santo António aos Peixes de padre António Vieira, pois este foi redigido durante o período do estilo artístico conhecido como o do “horror ao vazio”. 

Nesta saída, os alunos tiveram oportunidade de ouvir uma explicação de como se aplicava a talha dourada, de tocar em talha de prata para se poderem aperceber do quão fina e frágil esta é. Para além desta experiência sensorial, os estudantes puderam aprender mais sobre o Portugal do século XVII, sobre o movimento protestante da igreja, durante o qual houve a criação da Companhia de Jesus e da Inquisição, pertencendo Padre António Vieira à referida Companhia. Aprenderam também algumas particularidades sobre a igreja de Jesus e como o seu objetivo era “chamar” o povo, quer fosse através da música, produzida pelas dominicanas sempre muito reservadas, ou pelos cheiros que provinham de velas ou do incenso, ou pela decoração deste espaço que conta muito sobre a vida bíblica. Observaram também o túmulo da Princesa Joana, que morreu antes da construção da parte antiga do museu. Terminada a visita, os alunos compreenderam como a literatura é intemporal e como problemas da sociedade do século XVII ainda estão presentes na sociedade atual. 

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A talha dourada no Museu de Aveiro

Manuela Dias, 11.º D

No dia 17 de novembro, os alunos do 11.º E participaram na visita de estudo “Viagem pelo Barroco” que decorreu no museu de Aveiro e onde foram observadas diversas manifestações artísticas pertencentes ao Barroco.

A visita foi iniciada na Igreja de Jesus, que tem este nome, pois nela há um crucifixo que foi feito no século XV (a obra mais antiga do local), localizada no interior do museu. Durante este momento inicial da visita, foi-nos feita uma apresentação sobre o Barroco, caracterizado pela ostentação de riqueza e materiais preciosos como o ouro, que era muito utilizado na arquitetura como forma de afirmação de poder. Assim, observámos que a igreja é muito ornamentada, apresentando uma grande quantidade de detalhes, maioritariamente feitos em talha dourda. Aprendemos que a grande quantidade de pinturas e azulejos que existem nas paredes e no teto serviam como forma de afirmação de poder e persuasão perante os fiéis da igreja que não sabiam latim e, consequentemente, não percebiam a missa. Neste sentido, a imensa quantidade de obras e detalhes que nela existia tinha o intuito de captar a atenção do povo durante as missas.

Ainda na sequência deste contexto, simulámos aquilo que seria o momento da missa em que o padre, virando-se de frente para os seus fieis, caminhava pelo meio deles em direção ao púlpito para de lá lhes proferir o sermão que, agora sim, conseguiam compreender, já que era falado em português.

Absolutamente imbuidos naquilo que imaginávamos ser a ambiente sensitivo da época (luz, som, cheiros...), foi nesse momento que assistimos à pregação do Capítulo I do Sermão de Santo António aos Peixes de Padre António Vieira, tão bem representado pelo nosso colega Henrique Gala. Como terra que recebia o sal, deixámo-nos salgar e encantar com a cadência e expressividade do discurso que escutávamos.

Depois deste momento, visitámos o túmulo de Santa Joana, onde percebemos que é possível identificar a quem pertence um túmulo feito entre os séculos XVII e XVIII apenas pelos detalhes nele desenhados. Observámos que o túmulo da princesa apresentava o brasão de Portugal com uma coroa, indicando que pertencia a um elemento da realeza, assim como outros detalhes, como tulipas brancas e flores que indicam que nele se encontrava sepultada uma mulher. Entre outros detalhes, vimos também que havia nele a representação de uma cruz com uma coroa de espinhos, indicando tratar-se de uma pessoa de fé que possuia uma vida ligada à Igreja. Aprendemos, ainda, que este tipo de construção é extremamente trabalhosa e leva anos até ser concluída, uma vez que as imagens não são pintadas e a mudança de cor em cada desenho exige que seja esculpida uma pedra com este pigmento. Neste sentido, os túmulos eram ”montados” e por isso era necessário um grande grupo de artistas que levavam anos a concluir o trabalho.

Num último momento, aprendemos também a identificar obras feitas no estilo Barroco, que além de serem extremamanete trabalhadas, procuravam mostrar emoções e detalhes da forma mais realista possível (no caso das esculturas que observámos, estas eram fiéis à anatomia

humana). Neste sentido, analisámos várias imagens de Jesus no crucifixo e tentámos identificar quais foram feitas no estilo artístico Barroco.

Em suma, com a visita de estudo ao museu, aprendemos muito sobre o Barroco e ampliámos os nossos conhecimentos sobre este estilo não só no que diz respeito ao domínio artístico, mas também no que diz respeito ao domínio histórico.

Viagem pelo Barroco

Miriam Elisabeth, 11.º C

A turma do 11.º C, no âmbito da disciplina de Português da Escola Dr. Mário Sacramento, no passado dia 16 de novembro de 2023 realizou a Viagem pelo Barroco no Museu de Aveiro. 

O Museu de Aveiro está instalado desde 1911 no antigo Convento de Jesus da Ordem Dominicana feminina, fundado por D. Brites Leitão e por D. Mecia Pereira, na segunda metade do século XV. O prestígio do convento associa-se à Princesa Santa Joana, filha de Afonso V, e ao seu culto religioso, dada à sua beatificação em 1693.

A visita foi orientada pela guia Maria da Luz e iniciou-se no piso térreo do convento, constituído pelo túmulo de Santa Joana Princesa, a Igreja de Jesus, o claustro, a sala do capítulo e o refeitório. 

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Destaca-se o púlpito da Igreja de Jesus, pelo contributo do aluno André Abreu na interpretação do capitulo I do Sermão de Santo António de Padre António Vieira, principal expressão do Barroco literário da língua portuguesa. Deste modo, relaciona-se a exuberância da decoração barroca da Igreja, revestida com uma sumptuosa talha dourada e azulejos portugueses.

A presença do órgão histórico de tipo ibérico, permitiu aos alunos Simão Torres e Mafalda Ramos a realização de uma performance de duas peças que remontam à época barroca, nomeadamente, “Tiento de Medio Registro de Mano Derechade 1.º Tono” de Andrés de Sola e “Sento nel core” de Alessandro Scarlatti.

A visita terminou na Sala do Lavor, onde faleceu a Santa Padroeira de Aveiro.

Os alunos tiveram o privilégio de aprofundar o seu conhecimento acerca do estilo artístico Barroco, proporcionando uma melhor interpretação da época contemporânea da obra do Padre António Vieira.

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