Agrupamento de Escolas Dr. Mário Sacramento, Aveiro
junho 2024
edição n.º 4 - on-line
Unidos pela Vida
Jonas Ribeiro e Rosalina Braga, 10.º G
A ADAV-Aveiro, Associação de Defesa e Apoio da Vida, tem como principal objetivo auxiliar famílias carenciadas que a ela recorrem para apoiar os seus bebés até aos 3 anos. Porque sente que o seu papel é essencial na defesa do direito à vida, esta instituição não hesita em organizar campanhas, como a 6.ª caminhada solidária pela vida.
Falando sobre os preparativos desta caminhada, é importante mencionar que começaram muito antes de 6 de abril. Com a partilha nas redes sociais e em estabelecimentos públicos, foi possível mobilizar mais de duas centenas de pessoas. No dia, voluntários de várias idades participaram na organização e receção de inscrições, para além de terem apoiado na distribuição de camisolas e de garrafas de água. Graças ao esforço de dezenas de pessoas, o número de participantes superou as nossas expectativas, pelo que algumas das nossas camisolas se esgotaram quando faltavam ainda trinta minutos para o início da caminhada.
Até perto das 15h, realizaram-se diversas atividades, desde espetáculos musicais a entrevistas, por parte da SIC e dos organizadores, e alguma atividade física, com o objetivo de entreter e preparar o público para percorrer 6km na cidade. A caminhada teve como ponto de partida o mercado Manuel Firmino. Seguindo pela avenida Dr. Lourenço Peixinho, fomos em direção à estação, onde fizemos uma breve paragem para uma fotografia de grupo. Partimos em direção à igreja das Barrocas, passando por cima do viaduto de Esgueira. Atravessámos o canal de São Roque até chegarmos ao Rossio, para regressarmos ao Mercado, onde nos esperavam os membros de uma excelente banda e um pequeno lanche.
Acreditamos que iniciativas como esta são essenciais, tanto para o desenvolvimento intelectual das pessoas, como para a criação de meios de apoio para aqueles que mais necessitam. Para além disso, através desta caminhada surgiu o interesse, entre várias pessoas por quem passámos, sobre a nossa causa.
Incentivamos todos os que possam a apoiar a ADAV-Aveiro, pois sabemos que os recursos são escassos e, por vezes, os nossos esforços são insuficientes face às necessidades daqueles por quem lutamos. Por tudo isto, devemos todos estar UNIDOS PELA VIDA!
Caminhar não só por mim, mas também POR TI
Carolina Marques, 10.º H
“Apoiar a vida? Para quê? A minha vida só precisa de um apoio que é o meu!”. Hoje em dia é muito frequente este ser o pensamento de grande parte da população. O que muitos não sabem é que ainda existem pessoas entre nós a precisar de apoio e têm vergonha de pedir ajuda. Neste contexto surge a ADAV-Aveiro (Associação de Defesa e Apoio da Vida). Fundada em 2000, a ADAV foi criada com o intuito de proteger a vida humana desde a sua conceção até à morte natural. Entre as várias campanhas de solidariedade organizadas pela associação, realizou-se a 6 de abril uma “Caminhada solidária pela vida”. O objetivo da iniciativa era mostrar que todas as vidas têm dignidade, e que a ADAV apoia as famílias com bebés até aos 3 anos.
Em segundo lugar, quero sublinhar que é de extrema importância aderir a associações como a ADAV, ou a outra associação solidária que se foque no combate a outro tipo de problema social. No mundo em que vivemos, presenciamos quase todos os dias atitudes ou ações que nos incomodam. Parece-me que as pessoas são muito menos solidárias. O grande problema da sociedade atual é a sua incapacidade de tolerar e respeitar as diferenças. Daí surge a necessidade de procurar ajuda para combater problemas físicos e psicológicos. São associações como a ADAV que, hoje em dia, proporcionam cada vez mais aos jovens a possibilidade de serem solidários, não só participando nestes eventos como a Caminhada mencionada, mas também, por exemplo, com doações de bens e com voluntariado.
Na minha opinião, é bastante enriquecedor participar em atividades como esta. Não só por ser uma experiência que nos faz crescer a nível pessoal e que desperta o nosso lado solidário, mas também por ser uma oportunidade para proporcionarmos a nós mesmos a possibilidade de conhecer novas pessoas.
Primeiramente, quero salientar a importância de colaborar na “Caminhada solidária pela vida”. É a oportunidade perfeita para ajudar quem mais precisa, para parar de olhar somente para o meu umbigo e olhar para os outros. Logicamente que o ideal é ter sempre o máximo de participantes, o que possibilita angariar uma grande quantidade de bens e uma maior quantia monetária. A verdade é que a caminhada surpreendeu pela positiva não só toda a equipa da ADAV, mas também todo o staff que ali cooperava. Foram mais de 50 voluntários e mais de 200 inscrições, duzentas pessoas que quiseram, não pôr mãos à obra, mas sim pés a caminho, e que se juntaram para caminhar não pela sua própria vida, mas sim pela de quem mais precisa.
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Acredito que, com esta iniciativa, várias vidas serão apoiadas, várias famílias serão ajudadas, várias amizades foram criadas. Foi um projeto amigo da vida e da saúde, que apelou à solidariedade de cada um que se compadeceu e se demonstrou disponível para apoiar quem mais precisa. Não podemos dar a nossa vida atual como garantida, pois nunca saberemos quando vamos precisar de apoio, apoio esse que, por alguma razão, poderemos não ter e sentiremos necessidade de recorrer a associações como a ADAV. Caminhámos não só por nós, mas também por ti!
maio 2023
edição n.º 2 - on-line
Fizemos um questionário para recolher informações sobre as atividades extracurriculares dos alunos da nossa escola.
Top 5 tempos livres
1.º Desporto (297) - 77,7%
2.º Música (153) - 40,1%
3.º Artes Plásticas (45) - 11,8%
4.º Escutismo e Voluntariado (45) - 11,8%
- 23 alunos (6%) são escuteiros
Outros (132) - 34,4%
O escutismo para mim
Joana David, 7.ºB
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O escutismo faz parte da minha vida desde os seis anos. Se me pedissem para desistir de uma atividade extracurricular por falta de tempo ou por outra razão, nunca seria do escutismo.
Há quem associe a atividade escutista à religião católica, mas não é bem assim. Os escuteiros seguem a religião católica e os escoteiros, com -o, englobam todos os outros adeptos do escutismo, mas com outra crença religiosa.
A farda é diferente em algumas partes: azul nos escuteiros e castanha nos escoteiros, tal como os lenços ao pescoço. O desenvolvimento dos valores, da honra, do compromisso, da prática do trabalho em equipa e a vida ao ar livre são os princípios básicos de um escutista/escotista, porque somos todos iguais independentemente das nossas diferenças.
Em cada saída, convivemos e socializamos juntos, como por exemplo no ESCUTAMA. Na última saída com o meu agrupamento, fomos a Santiago de Compostela, em Espanha, durante quatro dias e foram os dias mais inesquecíveis da minha vida, pois estive com pessoas que adoro. Tornaram a distância das nossas famílias, mais curta, porque, pensando bem, os escuteiros são a nossa segunda família. A viagem foi muito emotiva, não só por dormirmos em conventos de freiras, caminharmos à chuva, partilharmos histórias, comermos no mato, mas sim pelos momentos que passámos juntos. Foi tudo magnífico, principalmente a chegada a Santiago. Valeu cada dor de pernas e o cansaço.
Ser escutista/escotista não é só passar toda a tarde enfiada na sede do agrupamento de Santa Joana, ao qual pertenço. Faz parte de mim e .da minha vida.
Para ser escutista, é necessário passar por quatro fases: os lobitos (dos 6 aos 10 anos), os exploradores (dos 10 aos 14 anos), os pioneiros (dos 14 aos 18 anos) e os caminheiros (dos 18 aos 22 anos). Na idade adulta, podemos ser chefes e continuar a caminhada do escutismo/escotismo. Os chefes que dedicam com todo o seu amor, o seu tempo e a sua paciência serão sempre nossos amigos e conselheiros.
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É uma vida a de ser escutista/escotista! Se queres fazer parte desta família e desta vida de aventuras, podes sempre experimentar e ficar a adorar, tal como eu, tendo a idade que tiveres! Os escuteiros/escoteiros são um exemplo de lealdade, responsabilidade, respeito, amizade e disciplina.
Adoro fazer parte desta atividade incrível! Aconselho a todos!
Não dá jeito ter tempo...
Leonor Sousa, 12.º B
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"Por vezes, não dá jeito encontrar tempo. Contudo, sempre que o arranjamos e manobramos como se fosse mais uma extensão de nós, sai desse esforço e atenção um sentimento de concretização, uma sensação de que, afinal, se nos empenharmos, o que não conseguimos fazer?
Dei por mim, a organizar o meu tempo para adicionar uma nova atividade ao sumário do dia. A 26 de novembro de 2022, fui com outros amigos fazer voluntariado no armazém do Banco Alimentar. Fiquei na zona dos leites que é à parte da linha de montagem onde separam os restantes mantimentos, porque o leite tem de ser posto em paletes empilhado de determinada maneira e de acordo com o mês de fim de prazo. Cuidado desnecessário com os outros bens, pois, como sabemos, as massas e salsichas são não perecíveis, em palavras fáceis, não são motivo de preocupação nas próximas semanas, já que não estão com pressa de se estragar.
Íamos então buscar os leites que vinham dos supermercados juntamente com os outros alimentos doados e disponhamo-los na palete do mês em concordância com o da validade. Como só estávamos responsáveis por este laticínio, após a sua seleção e jogo de tetrix na palete para serem aproveitados todos os espaços e ela ficar compacta, assim como todas as camadas ficarem estáveis, tínhamos momentos livres. Sem vontade de ficar de braços cruzados, decidimos ir às caixas de plástico que nos davam pela cintura e não tinham sido remexidas para fazer avançar o trabalho da linha de montagem mais depressa, selecionando massas e afins. Foi uma correria, uma correria feliz e recompensadora. E eu ficava ainda mais feliz quando me lembrava que me tinha comprometido a ir no dia seguinte. Quando lá cheguei na manhã seguinte, o senhor afável que geria os voluntários na zona do leite fez-me uma festa: "Outra vez aqui?! Quem vem uma vez até se pode enganar, agora quem vem duas... As pessoas que estão ali [aponta para a linha de montagem] vão sentir amanhã, tu não. Vais sentir durante uma semana. Dores nas costas. " (Porque tínhamos de estar sempre dobrados a levantar pacotes de leite de um sítio para o outro ao nível do chão).
Todos os que se tinham proposto a fazer voluntariado mais do que um dia estavam delirantes e penso que os que não foram, não tinham era ideia do quanto se podiam divertir. Todavia, a verdade é que gostaram muito e, depois da experiência, muitos eram os outros que gostavam de ter encontrado o tempo. Gostavam de, afinal, ter movido meio mundo ou um quarto de agenda para se disponibilizarem.
Sermos proativos e termos a iniciativa pode ser cansativo e trabalhoso, mas, regra geral, é uma qualidade genial, tem um potencial monumental e acarreta grandes experiências. O jornal convida todos a serem jovens dos "sete ofícios" e a darem uma oportunidade a atividades como o voluntariado, que decerto vos vai entusiasmar, principalmente se levarem amigos. Com isto, pensem em arranjar a vontade e o momento que o gosto por ele vem posteriormente."
Já que referi a proatividade...
"Sabias que os alunos podem propor e planear visitas de estudo? É verdade, inspirem-se e tornem a experiência que é estar na escola mais leve e didática. Os novos projetos e ambições são quase sempre bem-vindos e só não sabemos como seria se não tentarmos."