Agrupamento de Escolas Dr. Mário Sacramento, Aveiro
junho 2024
edição n.º 4 - on-line
edição novembro 2023
Dia Mundial da Alimentação
Comemorou-se no passado dia 16 de outubro mais um Dia Mundial da Alimentação. No nosso Agrupamento, a data foi assinalada com
Individuais especiais, com atividades relacionadas com uma alimentação saudável
Peras e maçãs para o lanche em todas as escolas do Agrupamento
Espetadas de fruta para os mais pequenos
Prova de bebida de aveia, como alternativa ao leite
Visita à Noeirinha
No âmbito das disciplinas de ConNat (Conservação da Natureza) e PA (Projetos em Ambiente), os alunos do 12.ºJ realizaram uma visita de estudo à Marinha da Noeirinha, praia da Noeirinha e uma viagem de moliceiro, no dia 10/10/2023, com os objetivos de reconhecer a importância da água para as atividades humanas desenvolvidas em Aveiro e compreender a importância da preservação da natureza, na construção de projetos de ecoturismo.
Os alunos demonstraram bastante interesse e entusiasmo na realização desta visita, tendo o seu comportamento sido exemplar.
No âmbito das disciplinas de PA (Projetos em Ambiente), os alunos do 12.ºJ realizaram uma visita de estudo à OstraAveiro, no dia 12/10/2023, com os objetivos de compreender o ciclo produtivo das ostras, em Aveiro, usando a água da ria como recurso natural.
Inteiramo-nos dos planos de construção de um eco-resort aquático e visitamos os barcos casa já no ativo. Contactamos com a natureza envolvente, que inclui os diferentes tanques de cultura de ostras, bem como ficamos a conhecer as etapas de crescimento e abastecimento do mercado. Observamos, ainda, os campos de cultivo de salicórnia.
No final fomos agraciados com a oportunidade de degustar de algumas ostras, oferta do restaurante local. Alguns alunos adoraram a experiência, outros nem por isso, as ostras não são um alimento fácil e nem barato.
Como é viver com diabetes?
Raquel Cordeiro e Ysabelli Fonseca, 10.º H
No âmbito da comemoração do dia mundial dos diabetes, 14 de novembro, entrevistamos uma aluna que vive com diabetes.
Pretendia-se desmistificar alguns mitos criados à volta da diabetes. Infelizmente, muitas pessoas ainda se acreditam neles. Como por exemplo, o facto de antigamente se achar que a diabetes era contagiosa, ou que só aparecia aos mais idosos e pessoas com obesidade, consequência da pouca informação existente na altura.
Com que idade recebeste o diagnóstico?
Recebi o diagnóstico com 7 anos, através de uma gripe quando fui ao médico. Antes disso, era obesa e comecei a perder muito peso e urinar durante a madrugada, ficava a tremer muito em diversas horas do dia, além de dormir muito. A minha mãe sabia que estava algo errado comigo. Na consulta fiz um exame de sangue e vi que estava com glicemia muito alta e quase a entrar em coma.
Como foi ser uma criança com diabetes?
Foi bastante desafiador. Era muito difícil ter uma alimentação muito restrita. Não podia comer nada com glúten e açúcar. Ao ver todos comendo e sendo criança mexeu muito com meu psicológico deixando marcas em mim até hoje.
Existiu algum tipo de bullying por parte de crianças ou adultos?
Sofri muito bullying. Fui alvo de brincadeiras dos demais colegas da escola, sofri agressão por ser diferente, além de que tanto em Portugal quanto no Brasil os professores sempre me viram como uma pessoa frágil e delicada, subestimando minhas capacidades. Eles se recusaram a deixar eu sair da sala para cuidar do meu tratamento ou comer na sala e quando eu faltava era sempre um problema.
A diabetes tem efeitos no estado psicológico e/ou na condição física?
É um assunto muito delicado. Como tive de amadurecer muito rápido e carregar o facto da minha vida estar nas minhas mãos, e ter de fazer todas as picadas, roubou minha infância tendo de ser sempre mais madura e responsável do que as pessoas da minha idade. Tudo isso juntamente com diversos problemas pessoais me fizeram desenvolver depressão e ansiedade… muitas coisas passam pela minha cabeça no mesmo minuto e isso me faz muitas vezes ter ataques de pânico. Essa combinação de fatores faz-me ter um mau relacionamento com a comida.
Na diabetes há muitos fatores que condicionam o tratamento, no meu caso é o meu psicológico que é tao agravante quanto o mau controlo da glicemia. A nível físico desenvolvi doenças respiratórias e também um desgaste do meu fígado, mas fora isso me considero uma adolescente apta para fazer qualquer coisa.
O que é que te passa pela cabeça quando ouves alguém dizer que o açúcar é que torna as pessoas diabéticas?
A falta de informação da sociedade é uma coisa muito preocupante para nós pessoas portadoras de diabetes. Torna-se constrangedor quando perguntam se eu comi muitos doces na infância e ter de explicar a mesma coisa várias vezes é desgastante. Acho que isso tem de mudar uma vez que a percentagem de diabéticos aumenta diariamente.
Sentes um acolhimento diferente de amigos e adolescentes, comparando com a família?
Em relação aos amigos, acho que sinto esse acolhimento, mas só dos que me são mais próximos. Pelo simples facto de já estarem mais habituados com a diabetes e em caso de eu me sentir mal, saberem melhor o que fazer.
Comparando com a família, acho que é sempre mais fácil ajudarem-me porque lidam com a situação há mais tempo e existe sempre a preocupação deles em relação aos amigos com que saio, na vertente em que estejam familiarizados com a diabetes e/ou saibam como agir independentemente das circunstâncias.
Na prática, como é que encaixas a diabetes no teu dia a dia?
Não é algo muito fácil, uma vez que tenho uma rotina bastante corrida e o tratamento requer muito tempo e disposição. Nem sempre temos um dia muito estável com bons valores, mas tento ter uma boa organização com a prática de cuidados, as coisas acabam por ser tornar mais simples e entrar na minha rotina. Tento fazer tudo aquilo que gosto sem me limitar muito, consigo fazer desportes e outras atividades que podem ser prejudiciais ao meu tratamento, mas com muito cuidado e atenção isso corre muito bem.
Novembro azul
Raquel Cordeiro, 10.º H
Sabias que novembro é o mês da prevenção do cancro da próstata?
Durante o mês de novembro o foco é a consciencialização para a saúde do homem, em especial, o diagnostico precoce do cancro da próstata.
A próstata é uma glândula com uma dimensão semelhante à de uma noz e que se situa nas pélvis, abaixo da bexiga, na frente do reto e atrás da base do pénis, e que envolve a uretra, o tubo que conduz a urina e o sémen do interior até ao exterior do pénis. A próstata, em conjunto com as vesículas seminais, é o órgão responsável por produzir o sémen.
Apesar de ser o tumor maligno mais frequente nos homens o cancro da próstata diferencia-se dos outros tipos de cancro pela sua lenta evolução e à tardia manifestação dos primeiros sintomas.
Estão identificados alguns fatores associados a um maior risco de vir a sofrer da doença, dos quais se destacam:
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A idade: Mais de 70% dos cancros detetados afetam homens com mais de 65 anos;
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Fatores genéticos: Os homens que tenham um familiar com cancro da próstata têm uma maior probabilidade de sofrer desta doença, principalmente quando diagnosticada antes dos 60 anos. Quanto maior o número de familiares próximos com cancro da próstata, maior o risco de sofrer desta doença;
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Fatores hormonais: alguns estudos indicam que há fatores hormonais que contribuem para o desenvolvimento de cancro da próstata;
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Fatores ambientais: A contaminação atmosférica, a poluição e a exposição a algumas substâncias químicas e fertilizantes, por exemplo. Alguns indícios sublinham que dietas ricas em frutas e em vegetais podem ter um efeito protetor e que o consumo habitual de alimentos ricos em gorduras animais pode aumentar o risco de desenvolvimento de cancro da próstata. O défice de vitamina D e o consumo de álcool poderão, também, ser fatores prejudiciais, apesar de ainda não estar cientificamente provado.
É sempre bom estar a par do estado da nossa saúde. Para isso devemos ir ao médico fazer exames de rotina, para o caso de se detetar alguma anomalia, ser mais fácil controlar.
Informações retirados do site: Liga Portuguesa Contra o Cancro