Agrupamento de Escolas Dr. Mário Sacramento, Aveiro
junho 2024
edição n.º 4 - on-line
Dia do Patrono
Noite da Dança
Sarau Gímnico
o AEMS sempre ativo
edição novembro 2023
AEMS - um agrupamento proativo
No Agrupamento de Escolas Dr. Mário Sacramento, a comunidade escolar envolve-se em oportunidades inesquecíveis. Desde exposições a saídas em Erasmus, passando por atividades desportivas e culturais.
Fomos descobrir o que pensam os alunos do 7.º e do 12.º ano sobre a escola.
Falámos ainda com professores e antigos alunos.
Perspetivas sobre a escola
Carlota Montenegro, 7.º A, Henrique Tavares, 7.º A e Raquel Cordeiro, 10.º H
Os alunos do jornal Com Efeito! entrevistaram professores, alunos e ainda ex-alunos da escola Dr. Mário Sacramento. Pretendíamos perceber as diferentes perspetivas sobre as instalações e o funcionamento da escola.
Os alunos que andaram na Escola Comercial (ou n.º 1), contaram que esta era muito diferente
do que é atualmente, sendo mais pequena. Com efeito, hoje o espaço que é ocupado pelo pavilhão não fazia parte do recinto escolar, pois eram campos de futebol públicos que só mais tarde transitaram para a alçada da escola.
Existiram também, durante muito tempo, os chamados galinheiros ou “contentores”.
Os professores relataram que existiam, de facto, algumas diferenças entre alunos do 7.º e 12.º
ano. Entre elas, a espontaneidade e maior curiosidade dos mais novos que se revelam
na participação das aulas, na forma como muitas vezes trazem materiais. Porém... porque ainda não ganharam o ritmo, tendem a ser mais lentos.
Já os alunos do 12.º mostram um nível de maior maturidade e autonomia. Com o avançar dos
anos, os temas tornam-se cada vez mais difíceis, exigindo um vocabulário muito mais vasto,
tendo em comparação aos alunos iniciantes.
Os alunos que entraram agora para o 7.º ano ficaram surpreendidos com as condições da escola, os espaços abertos, os equipamentos/instalações cuidados, porém ainda existem alguns pontos a melhorar tais como as filas no acesso ao bar, à cantina e à saída da escola. Estão a gostar da sua nova escola e esperemos que mantenham essa opinião.
Já os alunos que estão de saída da escola ficam com muitas memórias felizes e engraçadas, pensam que o espaço físico da escola sede mudou muito, mas a sala Mário Sacramento manteve-se igual. Houve um ano em que ocorreram um incêndio e alguns acidentes, mas agora algumas coisas foram mudadas para haver mais segurança.
edição de maio 2023
Arte, Desporto, Música, Voluntariado são alguns dos tópicos que abordamos nesta secção.
Começamos com uma reflexão sobre o painel que Hélder Bandarra ofereceu à nossa escola.
Ana Beatriz Neves e Ana Margarida Ribeiro, 12.º B
No início do ano letivo 2022/2023, a nossa escola foi presenteada com um trabalho artístico do pintor Hélder Bandarra. Quem passa no corredor onde o quadro de grandes dimensões está exposto, não tem como o ignorar.
Foi feita, então, uma breve análise dos temas representados, seguida de uma respetiva associação de diversos elementos do quadro. Ulteriormente, a paleta cromática e formas predominantes foram revistas detalhadamente e, por fim, dividiu-se o quadro em quatro partes.
Segundo a nossa perspetiva, os temas abordados por Hélder Bandarra nesta obra foram, essencialmente, a paz e a guerra, estabelecendo-se uma cronologia semelhante à evolução da guerra na Ucrânia.
De facto, na primeira parte da obra estão representadas duas pessoas de mãos dadas, sendo que uma parece ter asas, lembrando um anjo. Para além disso, verificou-se que a cor que mais sobressai é o branco, pelo que se pode inferir que todos estes traços simbolizam a união e a bonança que existiam inicialmente.
Na segunda parte, observa-se a instalação do caos marcado pelo começo da guerra que se deduz pela presença de mísseis, corpos mortos, uma cabeça decapitada e da predominância da cor vermelha que remete para a imensidão de sangue resultante da violência nestes conflitos armados. Em adição, encontra-se uma face com laivos de fúria e um punho firmemente fechado, que talvez reflitam a revolta que paira entre a população.
Na terceira parte, dá-se um agravamento da situação com o aumento da destruição e o aparecimento de fumo e fogo. É ainda visível uma pomba branca que se pensa estar a fugir do alcance de uma mão que a tenta agarrar, espelhando o desejo de paz e impotência dos inocentes.
Finalmente, na quarta parte, destaca-se a ideia das famílias desalojadas, provocando sentimentos pejorativos ao observador, como a tristeza e a dor, tanto pelo uso de cores frias como de linhas retas. Acresce-se o realce dado aos soldados com armas nas mãos que estão numa posição elevada, ou seja, acima da multidão, transmitindo uma ideia de superioridade. Uma pomba contorcida pousada sobre uma mão marca presença, mostrando a vulnerabilidade e fragilidade da paz que muitos de nós tomamos como garantida.
Conclui-se, portanto, que o quadro em questão retrata assuntos de extrema relevância e urgência. Por isso, é, sem dúvida, um exemplo a seguir, já que obras como esta fazem falta nas escolas, onde se desenvolve quem carrega o futuro nas mãos e uma vez que estimulam o espírito crítico dos de tenra idade, sensibilizando-os em simultâneo.